Casas onde, em Lisboa... (4)
Em 1809, à aproximação do Porto do exército invasor de Soult, a família do poeta teve de abandonar a casa da rua do Calvário para fugir para a capital.
Aqui se conservou durante muito pouco tempo, ignorando-se porém onde se acolheu, até embarcar no navio que a conduziu à Terceira, em cuja capital, Angra, residia o bispo D. Alexandre da Sagrada Família, tio do nosso poeta e protector da sua família.
Aqui concluiu Garrett os estudos preparatórios para se matricular, na Universidade de Coimbra, no curso de Direito.
Em 1816 partiu para Lisboa, onde se demorou por pouco tempo, residindo, possivelmente, em casa de qualquer pessoa, a que viesse recomendado.
Em fins daquele ano seguiu para a formosa cidade do Mondego, a fim de iniciar os seus estudos jurídicos.
Não nos deteremos na narração do que foi a sua vida escolar na vetusta Universidade, onde cursou aos anos de 1816 a 1821.
Em Junho deste últmo ano passou por Lisboa a fim de seguir para os Açores, onde ia gozar as suas últimas férias.
O triunfo das ideias liberais em Portugal, em resultado do êxito da incruenta revolução de 24 de Agosto de 1820, exaltou a mocidade da época.
Garrett, que já em Coimbra patenteara o seu entusiasmo, não se resignava a estagnar-se longe do bulício e movimento do Continente, sem tomar parte nas manifestações e alterações políticas, originadas do novo regime.
Assim pouco tempo se demorou nos Açores, junto de sua família, pois em fins de Agosto, desembarcava em Lisboa, donde partiu para o Porto. (continua)
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