Tuesday, September 19, 2006

Casas onde, em Lisboa... (16)

Nesta casa foi colocada, em 1865, uma lápide de mármore branco, guarnecida de cortinas, em que se lê a seguinte inscrição, que tem por cima uma pequena lira:
No dia 9 de Dezembro de 1854
falleceu n'esta casa
o poeta portuguez
Visconde de Almeida Garrett
Foi esta lapide feita nas officinas de
Sergio Augusto de Barros
e assente na dita casa
no dia 25 de Junho de 1865 -- ao meio dia.
Por várias vezes foi apresentada sugestão para esta casa ser considerada monumento nacional, como consta das seguintes publicações:
Boletim Architectonico e de Arqueologia, 3.ª vol. 1874, 2.ª série, pág. 138; Relatorio e mappas acerca dos edifícios que devem ser classificados monumentos nacionais apresentados ao governo pela Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes em conformidade com a portaria do Ministerio das Obras Publicas de 24 de Outubro de 1880, Lisboa, 1881 (entre os Logares memoraveis menciona a casa do Visconde d'Almeida Garrett, na rua de Santa Isabel); Monumentos nacionaes, por Gabriel Pereira, Lisboa, 1900 (entre as Casas memoráveis aponta a de Garrett, em Lisboa) e Subsídios para a classificação dos monumentos nacionais, Lisboa, 1904 (entre os Logares memoraveis, de Lisboa, indica a Casa do Visconde de Almeida Garrett, na rua de Santa Isabel, informando: «é a casa em que residiu nos seus ultimos tempos, e onde morreu o illustre poeta».)
Apesar destas sugestões não foi considerada monumento nacional, por isso não vem incluida no folheto Monumentos nacionais -- Legislação e classificação, Lisboa, 1923.
Actualmente é proprietária da casa onde faleceu Garrett, a sr.ª D. Maria Pinto Soares e Silva, avó do sr. Augusto Pinto Soares e Silva, casado com a sr.ª D. Maria Clotilde Torres Pinto Soares e Silva.
Visitaram esta casa, muito recentemente, os distintos jornalistas srs. Artur Portela e Couto Rodrigues, que, respectivamente, deixaram as suas impressões no Diário de Lisboa, e no Fradique, de 10 de Maio de 1934, neste em artigo intitulado: Na casa em que morrera Almeida Garrett.
A casa onde morreu o grande poeta Almeida Garrett é indicada aos visitantes de Lisboa na Guia do forasteiro nas festas antonianas, Lisboa, 1895, e no Roteiro das ruas de Lisboa, de Sebastião Pacheco.
(fim da reprodução do texto sobre as casas que Garrett habitou em Lisboa, publicado por Ferreira Lima no Boletim dos Grupo «Amigos de Lisboa», em 1939)

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