Sunday, April 30, 2006

A CAUSA DE GARRETT

O Projecto Casa de Garrett suscitou, quando o apresentámos e divulgámos, um interesse generalizado. Mereceu aplauso e encorajamento. O projecto, recordamos, destina-se a criar um centro virtual de textos e estudos garrettianos, naturalmente aberto à criação e ao debate cultural, que partiria da reconstrução virtual, em três dimensões, da casa onde Garrett viveu os últimos meses da sua vida e na qual morreu. Essa casa, como todos sabemos, foi roubada à cidade por uma acutilante conjugação de vontades e de omissões, ditos e não ditos, culpas e inocências, que, voluntária ou não, se acrescenta à história pouco edificante de mal ocultados jogos de Poder.
Sempre, porém, nos recusámos a chorar sobre o leite derramado, pelo que se nos afigurou importante apresentar um projecto construtivo, salvando o que fosse possível salvar. Afirmando desde o início que este era um projecto em volta de um Autor, criámos este blogue, pusemos a notícia a circular. Fizemos apelos e muitos foram os que responderam positivamente, dispondo-se a colaborar em aspectos específicos do projecto, abrindo portas para a sua realização, ou ainda sonhando com a sua ampliação futura.
O primeiro passo, a recriação da casa, deparou com um primeiro imperativo, tão poderoso que parte do projecto ficou dependente dele. Qual? Dizem-nos os técnicos: sem a planta da casa não há reconstrução virtual possível. De nada nos valem as descrições dos interiores, que existem, ou do mobiliário, que é possível redesenhar, se não partirmos de uma base essencial: a planta e o alçado do prédio.
Uma vez que o prédio já não existe, solicitámos à direcção municipal de Cultura que esses elementos nos fossem facultados com esta finalidade, procurando também suscitar o interesse do município pelo projecto, que a sua dimensão e alcance nos parece justificar. Até porque «deve» uma casa de Garrett à cidade.
Sem qualquer resposta até este momento, não queremos pôr em dúvida que a nossa solicitação tenha sido ouvida, mas devemos uma explicação a todos quantos nos têm contactado e que vêm a esta Casa de Garrett em busca de novidades. Novidades, meus amigos, não há. A não ser esta, que é uma novidade velha: continuamos empenhados na causa da casa de Garrett.

Thursday, April 27, 2006

Casas onde, em Lisboa..... (6)

Os artigos publicados por Almeida Garrett nos dois jornais de que era director e redactor: O Chronista e o Portuguez, principalmente naquele, em que atacava fortemente os actos do governo, motivaram a sua prisão, juntamente com a dos outros directores e redactores.
Em 17 de Setembro de 1827, em sua casa, foi preso e conduzido ao Limoeiro, onde permaneceu durante três meses, empregando os seus ócios na conclusão do belo poemeto referido.
Tendo sido solto foi residir para a rua da Saudade, n.º 9-A, segundo consta duma carta que, dela, dirigiu ao numismata Lopes Fernandes, na data de 13 de Janeiro de 1828.
Parece que, por esta época, habitara, também, na rua da Bela Vista, conforme uma leve referência do seu biógrafo.
Em princíos de Junho de 1828, em seguida à chegada do Infante D. Miguel, emigrou pela terceira vez, para Inglaterra.
No estrangeiro se conservou, residindo em Inglaterra, Bélgica e França, até que em Janeiro de 1832 partiu para Belle-Isle, onde se reunia, então, a expedição do Duque de Bragança, que se destinava aos Açores. Incorporado, entre os chamados 7 500 do Mindelo, desembarcou em Arnosa de Pampelido em 8 de Julho daquele ano.
No Porto se manteve durante algum tempo, até ser nomeado membro duma missão diplomática, de que faziam parte Palmela e Mouzinho de Albuquerque, encarregada de ir a Londres solicitar o auxílio do governo inglês à causa liberal.
Dissolvida a missão foi para França, de onde, abandonado pelos seus chefes, resolveu partir para Portugal em Julho de 1833, chegando a Lisboa em Outubro. (continua)

Os últimos dias de Garrett (6)

Declaro porém, antes de passar adiante, que não estou bem convencido ou não compreendo bem o desapego e indiferença que parecia haver para o poeta, nas escusas dadas pelos que não deviam escusar-se; antes me parece que ele fôra sempre objecto de vivas afeições; mas, se me engano, é porque então a sua glória, lisonjeando certas vaidades, lhe acurvara corações menos acessíveis ao amor e à amizade. Como quer que fosse, não posso pôr de acordo as provas de interesse manifestadas por um lado, e o escrúpulo exagerado que mostraram de tomar a iniciativa numa casa que, mais do que eu, deviam zelar.
Era bem azado o momento, na verdade, para tão ridículas preocupações! Que temiam? Que vinham a ser os tais rabos de palha? Arreceavam-se de que os acusassem de algum furto? Diga-se a verdade, era a isto que aludiam os que se dispensaram de aturar o pobre moribundo, de quem não se esperava já nenhum agradecimento, porque todos sabiam que ele só saíria dali para o cemitério. Mas de duas uma: ou não confiavam assaz na sua probidade, para que ela os colocasse acima de toda a suspeita, ou o egoísmo era mais forte neles do que o afecto e consideração que deviam ao poeta. Escolham. (continua)

Thursday, April 20, 2006

Causas de escritores: La noche de los libros

El jueves 20 de abril
Los libros invaden la noche madrileña

La movida nocturna madrileña 'abandonará' los bares de copas y las discotecas de moda por un día. El ambiente se trasladará la noche del jueves 20 de abril de los bares a las bibliotecas. La culpable: 'La Noche de los Libros'.
130 escritores, artistas, fotógrafos, músicos, actores y cineastas se van a encargar de convertir algo tan cotidiano como la lectura de un libro en una fiesta extraordinaria. Todo ocurrirá en una celebración que se prolongará el jueves 20 de abril a lo largo de nueve horas consecutivas, desde las 17.00 hasta las 2.00 de la madrugada.
Este despliegue litearario, que convertirá a la capital en un libro abierto, se extenderá por más de 70 librerías de la Comunidad. Serán el gran punto de encuentro de esta velada y permanecerán abiertas, en un horario excepcional, hasta medianoche para organizar encuentros con autores como Soledad Puértolas, Javier Reverte o Luis Eduardo Aute, entre otros.
La música clásica, el jazz y los djs invadirán por una noche los templos de la lectura, que servirán de punto de encuentro entre autores y lectores en un justo homenaje. Así pues, las letras y la música compartirán cartel en una velada que contará además con multitud de actividades programadas en bibliotecas, teatros, cafés y calles.

Fiesta en las librerías
A lo largo de la jornada, nombres destacados de la literatura actual se instalarán en las siguientes librerías: Soledad Puértolas (El bandido doblemente armado), Lorenzo Silva (La Regenta y Estudio en Escarlata), Eugenia Rico (Vid), Javier Moro (Casa del Libro, Fnac), Espido Freire (El Dragón Lector), Javier Reverte (Rumor), José Carlos Somoza (Crisol y Vips) y Julia Navarro (Casa del Libro) y Luis Eduardo Aute (Vips y Rafael Alberti), entre otros.

Además, a partir de las 20.00 horas y hasta medianoche, las librerías participantes aplicarán un 10% de descuento en el precio de los libros. Formarán parte de esta iniciativa las librerías Antonio Machado, Argentina, Arrebato Libros, Arte 9, Berkana, Blanquerna, Calatrava, Carmen Brunete, Casa del Libro, Crisol, De Viajes, Diógenes, Ecocentro, El Bandido Doblemente Armado, El Códice, El Corte Inglés, El Dragón Lector, El Tranvía, Estudio en Escarlata, Fábula, FNAC, Gomber, Happy Books, Jarcha, Kilate, Kirikú y la Bruja, La Biblioketa, La Carreta, La Regenta, Lex Nova, Librería de Teatro Ñaque, Madrid Comics, Mapas Perseo, Marcial Pons, Miraguano, Muga, Multicolor, Ocho y Medio, Panta Rhei, Paradox Libros, Pérgamo, Polifemo, Punto y Coma, Rafael Alberti, Reno, Rumor, Top Books, Traficantes de Sueños, VID y VIPS.

Por su parte, las bibliotecas de la Comunidad de Madrid organizarán durante toda la jornada un amplio programa de actividades para públicos diversos: encuentros, conciertos y recitales de poesía, con la participación de Andrés Trapiello y Juan Villoro, entre otros.

Pero la conferencia estelar de la jornada tendrá lugar en el Auditorio de la Consejería de Cultura y Deportes de la Comunidad de Madrid (C/ Alcalá 31), a cargo de António Lobo Antunes, uno de los grandes escritores del siglo XX. El autor vendrá a Madrid para hablar de su mayor pasión, los libros y la literatura. La presentación correrá a cargo del escritor Juan José Armas Marcelo, comenzará a las 19.30 horas y será de acceso libre hasta completar aforo.

Paralelamente, el cante flamenco le rendirá homenaje a la poesía del Siglo de Oro, con el recital 'A mis soledades voy, de mis soledades vengo', a cargo del cantaor José Menese, una de las grandes figuras del flamenco contemporáneo, y el guitarrista Enrique de Melchor. Este espectáculo tendrá lugar a las 21.00 horas (acceso solamente con invitación) en la sede de Presidencia de la Comunidad de Madrid.

'Duelo' de escritores
El Círculo de Bellas Artes acogerá un particular combate literario en el que escritores, ensayistas y editores se batirán en duelo sobre temas de actualidad literaria. Un cartel de lujo para tres asaltos dialécticos que tendrán lugar en la sala Valle Inclán: Felipe Benítez Reyes vs. Carlos Marzal: 'Poetas infieles (que escriben novela)', moderado por Javier Azpeitia (19.00 horas); Jorge Herralde vs. Mario Muchnik: 'Editores sin mordaza', moderado por Carlos Franz (19.45 horas); y Paul Preston vs. Gustavo Martín Garzo: 'Imaginación o rigor, historias o Historia', moderado por Eduardo Becerra (20.30 horas). Entrada libre y aforo limitado.

Por su parte, la Casa de América convocará en su espacio 'La escalinata' a músicos, actores y artistas para que presten su voz a escritores latinoamericanos. Chema Madoz, Eva Hache, Sergio Peris-Mencheta, Ouka Leele, la China Patino y Marta Ribera harán una lectura dramatizada de sus autores preferidos a partir de la medianoche.

Por último, La Casa Encendida (22.00 horas) proyectará la película 'Fahrenheit 451', de François Truffaut, en la Sala de Audiovisuales, uno de los directores de cine más influenciado por la literatura a la hora de realizar sus largometrajes.

Tertulias en los cafés
Las tertulias literarias vuelven a los cafés. Locales con tanta tradición literaria como el Café Gijón o el Café Central no podían permanecer al margen de esta iniciativa. Luisgé Martín, Juan Bonilla y Marcos Giralt Torrente se reunirán en el Gijón (17.00 horas) en torno al tema 'Novela versus cuento'. Moderará la tertulia Jorge Eduardo Benavides. Por otra parte, Rafael Reig, Juan Carlos Méndez Guédez y Benjamín Prado harán lo propio en el Central (17.30 horas) acerca de 'La literatura como juego', moderado por Ronaldo Menéndez.

Además, la gran mayoría de los teatros de Madrid también se sumarán a 'La Noche de los Libros' con un programa en el que los actores leerán distintos textos al término de sus representaciones actuales.
También el fenómeno que consiste en integrar la poesía y la música tendrá un espacio especial en esta celebración. Por una parte, Angelo Kalaf, fundador de la discográfica Enfuchada y representante de las tendencias emergentes, como la fusión de la poesía y el hip hop, y por otra, John Giorno, pionero del 'spokenword', quien presentará su trabajo más reciente junto a Javier Colis, músico experimental. Ambas actuaciones tendrán lugar en La Pecera del Círculo de Bellas Artes (23.00 horas y 23.45 horas, respectivamente).

Música en la calle
No hay fiesta sin música, por esa razón en 'La Noche de los Libros' se ofrecerán una serie de conciertos en puntos clave de la ciudad. David Mason, piano, y Teresa Loring, soprano (Plaza Velázquez, Museo del Prado, 20.30 horas); Big Band, jazz (Plaza Mayor, 18.30 horas); Dead Capo, jazz underground (Calle Alcalá, Círculo de Bellas Artes, 19.00 horas), Electra, cuarteto de cuerda (Puerta del Sol, 19.30 horas), El Hombre Delgado, grupo pop rock (Plaza Cibeles, 20.00 horas) y Hotcuisine Quartet, gipsy swing (Plaza de Santa Ana 20.00 horas).

'La Noche de los Libros' culminará con una gran fiesta en Fnac (Preciados 28). Música en directo, hip-hop y firmas de autores. Las actuaciones correrán por cuenta de Amancio Prada (21.00 horas), X Alfonso (22.15 horas), Gecko Turner (23.30h.) y Christina Rosenvinge (00.30 horas).
Fonte: El Mundo

Tuesday, April 18, 2006

Casas de escritores (51)
















Casa-Museu de Anton Tchekov, em Moscovo, e um site recheado de links sobre o mesmo autor. Não esquecer que está em cena, em Lisboa, no Teatro do Bairro Alto, uma peça de Tchekov: A Gaivota.
Ver a Ficha Técnica aqui.


Wednesday, April 12, 2006

Casas onde, em Lisboa... (5)

Nos mês de Setembro realizaram-se, em casa de Paulo Midosi, no largo do Pelourinho, os ensaios da sua tragédia Catão, cuja primeira representação, no teatro do Bairro Alto, teve lugar em 29 de Setembro.
Foi nessa récita que o poeta se apaixonou por D. Luísa Cândida Midosi, com quem, pouco tempo depois, a 11 de Novembro de 1822, se consorciava.
Naquela época residia, em Lisboa, numa casa que é assim indicada pelo seu biógrafo: «Regressando a Lisboa (vindo de Coimbra, onde fora fazer o exame do 5.º ano jurídico), ainda nesse mês de Novembro, aí fixou definitivamente a sua residência, indo morar numa casa próximo à calçada do Garcia, que pegava com a que vinte ou trinta anos depois se denominou da baronesa da Regaleira.»
Em Setembro e Outubro foi esta casa mobilada, para lá se instalarem os noivos.
Nela se conservou até 9 de Junho de 1823, data em que embarcou para Inglaterra, para fugir às perseguições dos absolutistas, em seguida à Vilafrancada.
Dali regressou, pouco tempo depois, em 23 de Agosto, encarregado, talvez, de qualquer missão secreta dos liberais a esta cidade, onde ficou, sob a vigilância da polícia.
E logo, em 2, não se lhe dando tempo para descansar das fadigas da viagem, era desterrado de Portugal, embarcando, para Inglaterra, nesse mesmo dia.
No estrangeiro residiu, durante alguns anos, ora em Inglaterra, ora em França, até que, em princípios de Julho de 1826, regressou a Lisboa, por deferimento favorável de um requerimento de sua esposa, apresentado à Infanta Regente, D. Isabel Maria.
Não sabemos para onde teria vindo morar na capital.
Porém, em Maio de 1827, por uma carta que dirigiu, em 10 daquele mês, ao futuro Marquês de Sá da Bandeira, sabemos que, nesta época, alugara casa em Campolide, na travessa da Conceição.
Aqui reproduzimos esse interessante documento:

Am.º do Coração

Campolide travessa da Conceição
10 de Maio de 1827

O meu estado valetudinário, que empiorou, me obrigou a vir para aqui passar alguns meses: e ainda vou quase todos os dias à cidade, deixei a redacção do chronista a um sujeito em quem tinha alguma confiança.
Vejo agora pela sua carta, que me afligiu vivamente, que ele a não merecia tão inteiramente como eu supus.
Mas agora espero que há-de fazer-me a justiça de acreditar na sinceridade e verdade com que digo isto.
A sua memória deve aparecer tal qual: e sobre isto quero que falemos. Ela está em meu poder na minha casa da cidade
Eu hei-de procurá-lo: mas se o não achar, estimaria que num momento livre aparecesse na Secret.ª de Est.º
Estou verdadeiramente angustiado com este mal-entendu; e tarda-me de lhe falar e de nos explicarmos de viva voz.
Creia que sou deveras e do C.

Seu am.º
J. B. da S. L. d’Almeida Garrett

Ainda aqui se conservava em 11 de Agosto, pois inscreveu esta data e local na introdução A Elysa do seu poemeto Adozinda. (continua)

Tuesday, April 11, 2006

Dora Ferreira da Silva (São Paulo, 1.7.1918 - 6.4.2006)











Pássaro e Mulher

Quem me prende
mais do que a terra?
Impossível o vôo
agora.
Quente fremente
a intenção de alguém.
Desfez-se a palidez
perdi meu vôo
nas grades de seu peito.
Aprisiona-me - grilhão -
o seio suave e
no calor do instante
a união.

Friday, April 07, 2006

150 anos da publicação de Les Fleurs du Mal, de Baudelaire




































L'albatros

Souvent, pour s'amuser, les hommes d'équipage
Prennent des albatros, vastes oiseaux des mers,
Qui suivent, indolents compagnons de voyage,
Le navire glissant sur les gouffres amers.

A peine les ont-ils déposés sur les planches,
Que ces rois de l'azur, maladroits et honteux,
Laissent piteusement leurs grandes ailes blanches
Comme des avirons traîner à côté d'eux.

Ce voyageur ailé, comme il est gauche et veule!
Lui, naguère si beau, qu'il est comique et laid!
L'un agace son bec avec un brûle-gueule,
L'autre mime, en boitant, l'infirme qui volait!

Le Poète est semblable au prince des nuées
Qui hante la tempête et se rit de l'archer
Exilé sur le sol au milieu des huées,
Ses ailes de géant l'empêchent de marcher

Charles Baudelaire

Casas de escrita




Lançamento
Fundação Gulbenkian, Auditório 2, 10 de Abril, às 17:30.
Guerra & Paz

Wednesday, April 05, 2006

Os últimos dias de Garrett (5)

Disse eu mais às ditas senhoras que, daquele dia em diante, não tornara a afastar-me do doente, senão à uma e duas horas da noite, para voltar de manhã cedo; mas que havendo alguém, cuja amizade ou parentesco lhe dava mais direito a estes cuidados, houvessem de tomar alguma providência que me aliviasse. Tudo foi em vão; ninguém queria o trabalho nem a responsabilidade. Parece incrível! Uma das pessoas que por amor da herdeira de Garrett maior zelo devia ter pelos seus haveres, quando reclamei a sua presença, ou a de alguém de sua confiança, respondeu-me que não queria rabos de palha! Não comento as expressões; mas confesso que me indignaram profundamente.
Foi por isso que eu me decidi a não temer os tais rabos de palha. Não era justo que morresse desamparado um homem que tanto honrara o país e o século que o viram nascer; mas, força é dizê-lo, por bem pouco deixou de repetir-se um facto horrível. Eram outras, inteiramente outras as circunstâncias; porém, não faltava muito para que a morte de Garrett fosse igual à de Camões. Graças a Deus, que tal não sucedeu. Semelhante opróbrio basta que se veja uma vez em mil anos, para deixar uma eterna mancha na face da nação que o consentiu. (continua)

Casas de escritores (50)




Evoluções .......ver aqui.

Monday, April 03, 2006

Casas de escrita


A MALETA «Os Caminhos da Literatura» acondiciona os 10 Roteiros Literários publicados pela Edições Caixotim, privilegiando os seguintes autores: Aquilino Ribeiro, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Ferreira de Castro, Guerra Junqueiro, João de Araújo Correia, José Régio, Miguel Torga, Teixeira de Pascoaes e Trindade Coelho.
Trata-se de uma atractiva maleta, concebida pela designer Helena Lobo, produzida em cartão duplo, impressa frente e verso a 4 cores, com a qualidade gráfica que distingue a Caixotim.