Friday, March 31, 2006

Casas de escrita


Blogue-release da Editora Guerra & Paz:

Começou a Guerra!!!
Das pernas de Afonso Henriques, coladas até aos joelhos, ao hipotético casamento de Salazar com uma discretíssima senhora Trocado, o que é que sabemos hoje, de facto, sobre as histórias da História de Portugal?
A "Guerra & Paz" armou uma enorme conspiração. Foi ao Porto – tinha mesmo que ser! – e pediu a Agustina Bessa-Luís que fizesse de reis e rainhas as suas personagens. O resultado é um livro prodigioso!
Fama e Segredo na História de Portugal é uma aventura. Melhor, são doze aventuras que começam em "Viriato" e acabam no "Delírio e Melancolia" dos nossos dias.
"O português não é conflituoso, é desordeiro. O conflito está na mente; a desordem está no coração", confessa Agustina.
Os conflitos, as desordens, a mente e o coração de Portugal são reescritos página a página, batalha a batalha, conspiração a conspiração.
E nunca como aqui teremos percebido o papel, uma vezes tão insidioso, outras tão pacificador das mulheres ao longo da nossa História.
Será talvez porque "quando a MULHER AMA, ADORA, quando o homem ama, despreza"?
Doze capítulos, doze histórias. A História de Portugal que volta a apetecer ler. Às mulheres e aos homens. Um livro que vai despertar vocações em estudantes à beira de um ataque de nervos.

Casas de escritores (49)


«For the most wild, yet most homely narrative which I am about to pen, I neither expect nor solicit belief. Mad indeed would I be to expect it . . . Yet, mad am I not -- and very surely do I not dream. But tomorrow I die, and to-day I would unburthen my soul.»
Thus the narrator begins to confess to murdering his wife in «The Black Cat», just one of many fascinating creations from short story master and poet, Edgar Allan Poe.
Exploring themes as diverse as spirituality, astronomy, science and depravity, Poe's writing is as powerful and arresting today as when he was first published. Poe's 6 years in Philadelphia, 1838-1844, were his most productive. Not only did Poe edit and provide critical reviews for very successful magazines, but he also invented the modern detective story. While in Philadelphia Poe penned such classics as «The Tell-Tale Heart», «The Fall of the House of Usher» and poems like «The Haunted Palace» and «To Helen».
While living in Philadelphia, Poe went from the high of being a popular lecturer to the despair of learning that his wife Virginia was ill with tuberculosis. The brief and tragic life of the author, his times, and literary legacy are interpreted in the building that once sheltered Poe and his family.

Wednesday, March 29, 2006

Projecto Casa de Garrett: história e memória da cidade de Lisboa.


O IPPAR considerou o Projecto Casa de Garrett uma iniciativa «merecedora do maior interesse como projecto cultural de preservação da história e memória da cidade de Lisboa.»

Casas onde, em Lisboa... (4)

Em 1809, à aproximação do Porto do exército invasor de Soult, a família do poeta teve de abandonar a casa da rua do Calvário para fugir para a capital.
Aqui se conservou durante muito pouco tempo, ignorando-se porém onde se acolheu, até embarcar no navio que a conduziu à Terceira, em cuja capital, Angra, residia o bispo D. Alexandre da Sagrada Família, tio do nosso poeta e protector da sua família.
Aqui concluiu Garrett os estudos preparatórios para se matricular, na Universidade de Coimbra, no curso de Direito.
Em 1816 partiu para Lisboa, onde se demorou por pouco tempo, residindo, possivelmente, em casa de qualquer pessoa, a que viesse recomendado.
Em fins daquele ano seguiu para a formosa cidade do Mondego, a fim de iniciar os seus estudos jurídicos.
Não nos deteremos na narração do que foi a sua vida escolar na vetusta Universidade, onde cursou aos anos de 1816 a 1821.
Em Junho deste últmo ano passou por Lisboa a fim de seguir para os Açores, onde ia gozar as suas últimas férias.
O triunfo das ideias liberais em Portugal, em resultado do êxito da incruenta revolução de 24 de Agosto de 1820, exaltou a mocidade da época.
Garrett, que já em Coimbra patenteara o seu entusiasmo, não se resignava a estagnar-se longe do bulício e movimento do Continente, sem tomar parte nas manifestações e alterações políticas, originadas do novo regime.
Assim pouco tempo se demorou nos Açores, junto de sua família, pois em fins de Agosto, desembarcava em Lisboa, donde partiu para o Porto. (continua)

Os últimos dias de Garrett (4)

A circunstância de ser eu a única pessoa que acompanhava mais assiduamente o doente, dava-me sérios cuidados; tomei por dedicação e reconhecimento aquele encargo, assaz doloroso para o meu coração, e sinceramente confesso que o teria resignado, se achasse em quem; mas não achei.
O meu estado de saúde era também pouco lisonjeiro, e o meu amigo Pulido, prevendo que ele se tornaria pior (como sucedeu), se eu presenciasse a morte de Garrett, me aconselhou a que evitasse um tal espectáculo. Mas nem o interesse da minha própria conservação, nem o desejo de declinar a responsabilidade que me cabia, por ter assumido a direcção e o governo de uma casa, cujo dono estava expirando, tiveram força para me obrigar a sair dali. Consultei parentes e amigos íntimos de Garrett, pedi que tomassem conta da casa, oferecendo-me para continuar à cabeceira do doente, que, pela amizade e confiança que comigo tinha, parecia comprazer-se com a minha companhia; fiz sentir a necessidade de se acautelarem certos objectos que andavam por mãos de criados; disse que estes não eram para mim isentos de suspeita, que se achavam alta noite certas portas abertas, e que eu não podia ser ao mesmo tempo guarda do enfermo e dos ladrões. Tudo foi inútil. Supliquei a várias senhoras, que pareciam tomar pelo moribundo alto interesse, que ao menos me arranjassem uma criada, a fim de ser despedida a insolente que havia em casa, e que não só deixava de fazer o serviço a tempo, mas insurgia-se quando por isso a censuravam; contei que, vindo eu um dia às duas da tarde, achara o grande poeta quase desfalecido, e perguntando-lhe se estava pior, me respondera: que não lhe tinham dado ainda nem um caldo desde o dia anterior; que procurando a criada, me disseram que tinha saído a negócios seus; e que, quando veio, sendo chamada ao quarto de Garrett e interpelada por este, pretendera justificar-se em tão descomposto berreiro, que ele me pedira, pelo amor de Deus, que a pusesse fora, dizendo-me depois que ela saíu: «Se a não põem na rua, mata-me.» (continua)

Tuesday, March 28, 2006

O Prodígio de Amarante.



Corria, num dos ramos da família de Garrett, o dos Almeidas, a tradição de que contava S. Gonçalo de Amarante entre os seus antepassados (ver post «Os últimos dias de Garrett (2)».
Acaba de ser lançada, no Brasil, uma bonita edição bilingue de O Prodígio de Amarante, de António José da Silva, preparada por Alberto Dines e Victor Eleutério. A edição constitui um importante contributo para o estabelecimento da autoria da peça, que gira em redor de S. Gonçalo.
A edição é da Universidade de São Paulo e insere-se na comemoração dos 300 anos do nascimento d'O Judeu.
Alberto Dines publicou também, há pouco, António José da Silva, uma biografia em versos, numa edição da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Monday, March 27, 2006

Casas de escritores (48)

Em 1923, o governo francês doou à Academia Brasileira de Letras o prédio, réplica do Petit Trianon de Versailles, construído no ano anterior para abrigar o pavilhão da França na Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Primeira sede própria da Academia, o prédio funciona até os dias de hoje como local para as reuniões regulares dos Acadêmicos, para as Sessões Solenes, comemorativas e de posse de novos membros da ABL. No jardim, junto à entrada do Petit Trianon, encontra-se a escultura em bronze de Machado de Assis, de autoria de Humberto Cozzo, e um dos símbolos da Casa.

A Academia Brasileira de Letras [conhecida também como Casa de Machado de Assis] teve início na reunião preparatória de 15 de dezembro de 1896 e foi oficialmente instalada na sessão de 20 de julho de 1897, sob a presidência de Machado de Assis.
Conforme seus Estatutos, a Academia, com sede no Rio de Janeiro, tem por fim a cultura da língua e da literatura nacional. Compõe-se de 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos por seus pares em votação secreta, e de 20 sócios correspondentes estrangeiros.

DISCURSO DE MACHADO DE ASSIS

20 de julho de 1897
Senhores,
Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É símbolo da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.
Não é preciso definir esta instituição, iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova, naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é consertar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige, não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão.

Sunday, March 26, 2006

Casas onde, em Lisboa... (3)


Rosto da revista Olisipo, onde foi publicado o artigo de Ferreira Lima sobre as casas de Garrett em Lisboa (com um especial agradecimento a João Carlos Alvim).

E oseu biógrafo, Gomes de Amorim, esclarece-nos a este respeito: «Parece que ele tinha um pouco o gosto das mudanças, pois que não parava numa casa muito tempo.»
Assim, desde a casa da rua do Calvário, n.ºs 18, 19 e 20 (n.ºs 37, 39 e 41 presentemente e ainda no tempo de Gomes de Amorim), na cidade do Porto, onde nasceu a 4 de Fevereiro de 1799, até à rua de Santa Isabel n.º 56 (n.º 78 naquela mesma época), em Lisboa, onde faleceu a 9 de Dezembro de 1854, quantas e quantas habitações percorridas...
Neste artigo, dada a índole desta revista apenas trataremos das diferentes casas em que o insigne poeta residiu nesta mui nobre e leal cidade de Lisboa. (continua)

Os últimos dias de Garrett (3)

Não posso crer, contudo, que o poeta ignorasse o seu verdadeiro estado; fingiria, talvez, que o não sabia, para não esmorecer os que o rodeavam. O que é certo é que só uma vez, durante tão longa enfermidade, me falou na morte, e isso mesmo rápida e incidentemente: «Se eu morrer, vejam o que tenho cá por dentro a roer-me.» Era a lesão que o matava. Entretanto preparou-se para tudo com uma grandeza e sublimidade de espírito dignas de seu altíssimo engenho, e de seu nome glorioso. Aceitou e recebeu de forma edificante os socorros da religião e da igreja; ora amiúde e fervorosamente, com os olhos fitos numa bela imagem de Cristo Crucificado, memória da sua família, que ainda conservava no pé da cruz uma coroa de flores secas, posta pelas mãos da adorada mãe do poeta.
Em fins de Outubro ou princípios de Novembro pedira eu ao meu amigo o sr. doutor Francisco Martins Pulido, que, a pretexto de visitar Almeida Garrett, o examinasse atentamente para me dizer se com efeito devia perder-se a derradeira esperança. Isto não não era porque eu tivesse a menor dúvida acerca do juízo que da doença formava o sr. doutor Barral, médico assistente; mas porque, não tendo com este relações algumas, receava fazer-lhe perguntas indiscretas. Preparei o doente para a visita de Pulido, dizendo-lhe que ia, não como facultativo, mas como amigo; e condordámos em que se consultaria também a sua opinião. Quando o distinto médico saiu da alcova, logo eu li no seu rosto a sentença, tornando inútil a precaução que ele tomou de me chamar para o vão da janela, a fim de não se dizer diante da filha do poeta a terrível verdade. (continua)

Friday, March 24, 2006

Casas de escritores (47)


L’Indre court les paysages, du Berry de George Sand à la Touraine de Balzac.
Sur les pas de la première et de ses personnages, deux grands circuits sont balisés à travers l’Indre :
- à l’Est, le circuit « George Sand, le romantisme » passe par Nohant, La Châtre, Sainte-Sévère ;
- à l’Ouest, le circuit « George Sand, les pays romanesques » passe par Gargilesse et Neuvy-Saint-Sépulcre.
1. Le château du Petit Coudray
2. Le château de Sarzay
3. Le château de la Vallée bleue

Thursday, March 23, 2006

Casas onde, em Lisboa... (2)

Efectivamente as invasões francesas; os seus estudos; as perseguições de que foi alvo, pelas quais teve de emigrar, por três vezes, para Inglaterra e França; as missões diplomáticas que desempenhou naquele país e na Bélgica e, por último, o referido sestro das mudanças, fizeram com que ele, constantemente, andasse de casa em casa, não se fixando em nenhuma por período superior a cinco anos.
Ele próprio escreveu nas Viagens da Minha Terra: »De quê e como sou eu feito, que não posso estar em muito tempo num lugar, e não posso sair dele sem pena?» (continua)

Os últimos dias de Garrett (2)

Os acessos de melancolia vinham-lhe nos poucos momentos em que se via só, e abandonavam-no logo que alguém aparecia. E, coisa rara! no meio das maiores angústias nunca lhe faleceu o ânimo! O seu espírito foi sempre superior ao padecimento. A propósito de cada grito que este lhe arrancava, citava uma anedota engraçada, fazia uma comparação histórica, ou descrevia comicamente o seu estado.
Era realmente um talento e um homem único!
Quando lhe perguntavam como estava, se a pergunta vinha de pessoa familiar, respondia: «Quase como S. Lourenço; não me resta por queimar senão uma costela, que deve ser a de S. Gonçalo.» (1)
Todos os que o trataram se lembram da graça inimitável com que ele contava; imaginem pois, pois, a grave fisionomia do autor de Camões e D. Branca, contraindo-se de vez em quando por dores intensíssimas, enquanto a boca ri e descreve, com infinita viveza de engenho, o estado do corpo macerado pela cama e coberto de cáusticos! A facécia ora se suspendia de todo com alguma dor mais aguda, ora continuava misturada de gemidos e trejeitos, que tornavam mais cómico o espirituoso doente, e lhe aumentavam a veia para novos chistes. Ouvindo-o, não podiam deixar de rir-se os que mais se compadeciam dele, e que mais sentiriam a sua perda, tida já por inevitável! Mas como não seria assim, se era ele o primeiro que parecia esquecer-se que o fim da sua existência parecia próximo?» (continua)

(1) A família dos Almeidas, que se uniu a Garretts, pretende contar entre os seus ascendentes o famoso S. Gonçalo de Amarante. Isto vai tratado largamente no livro d’onde se extrai o presente artigo.

Casas onde, em Lisboa, residiu Almeida Garrett (1)

«Garrett foi, sem dúvida, o escritor português, que, devido não só às vicissitudes da sua agitada vida política, mas também ao seu gosto pelas mudanças, em maior número de casas residiu, tanto em Portugal, como no estrangeiro.» (continua)
A Casa de Garrett começa, assim a reproduzir o texto «Casas Onde, em Lisboa, Residiu Almeida Garrett», publicado em Olisipo, Boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», Ano II, n.º 8, Outubro de 1939, por Henrique de Campos Ferreira Lima*
* Henrique de Campos Ferreira Lima nasceu em Lisboa em 1882. Oficial do Exército, foi director do Arquivo Histórico Militar. Dedicou-se a estudos de história militar e é autor de uma abundante bibliografia sobre um grande número de temas. Dedicou-se, em particular, a estudos garrettianos, nos quais fixou muitos aspectos da biografia do poeta. Em 1948 estabeleceu o Inventário do Espólio Literário de Garrett que, durante muitos anos, foi um auxiliar da maior importância para os estudiosos do escritor. Existe, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, uma sala com o seu nome, onde existe um precioso fundo garrettiano. Ferreira Lima foi sócio fundador da Academia Portuguesa da História e pertenceu a diversas instituições de prestígio, tendo sido distinguido com várias condecorações nacionais e estrangeiras. Morreu em Lisboa, em 1949.

Wednesday, March 22, 2006

Os últimos dias de Garrett (1)

Francisco Gomes de Amorim nasceu em A Ver-o-Mar (Póvoa de Varzim), em 1827, e aos dez anos de idade emigrou para o Brasil, de onde só regressaria em 1846, depois de uma dura experiência. Foi poeta, romancista e dramaturgo, mas a descoberta de Garrett – da obra e do homem – foi talvez o grande acontecimento da sua vida. Foi amigo e secretário do poeta, e a essa devoção dedicou as suas monumentais Memórias Biográficas, publicadas em três volumes entre 1881 e 1884. Gomes de Amorim veio a morrer em Lisboa, em 1891.
O texto que passamos a apresentar foi publicado no Archivo Pittoresco, vol. 3, e é um excerto seleccionado da última parte das Memórias. Nele, Amorim descreve os últimos dias de Garrett. Ouçamos:

«Depois de um outono frio, enevoado, ventoso e triste como o mais feio e triste inverno, apreceu o sol sem nuvens no dia 9 de Dezembro. Mas o ano de 1854 sentia-se morrer. O sol d’esse dia não tinha calor; o azul do céu era sem brilho, não cantavam as aves, não havia flores na terra nem folhas nas árvores; a natureza inteira parecia insensível ou desfalecida. Dir-se-ia que anunciava ao ano a ‘primavera da morte.’
Um raio de sol, pálido e ameno, coado pelos ciprestes fronteiros às janelas, penetrou na alcova do poeta moribundo. Durante um mês o seu estado seguira todas as alterações da atmosfera. O calor do fogão, que estava aceso noite e dia, para graduar a temperatura do quarto, não modificava nem levemente as desagradáveis impressões que as variações do tempo lhe causavam. Os dias ventosos irritavam-n’o, os nevoeiros oprimiam-lhe o coração, o ruído da chuva trazia-lhe não sei que vagas memórias do passado, que o enchiam de tristeza e de saudade. Este estado, porém, era o menos duradouro. Quando o vento rugia açoutando furiosamente os vidros das janelas, era costume seu dizer em ar de graça: "Como ela zôa na carvalheira! Cá me dizem os meus nervos que vai tudo raso lá por fora."» (continua)

Tuesday, March 21, 2006

Casa de Garrett (gravura)

(clicar sobre a gravura para aumentar)

Gravura reproduzida no vol. 3 de Archivo Pittoresco, no qual Gomes de Amorim, o amigo e biógrafo de Garrett, publicou «Extractos de um livro inédito» (as Memórias Biográficas que começariam a ser publicadas em 1881), que a Casa de Garrett vai começar a divulgar em breve.

Casas de escritores (46)


Das HAUS HOFMANNSTHAL, betrieben vom Verein der Freunde Hugo von Hofmannsthals, hat es sich zum Ziel gesetzt, die Verbreitung und das Verständnis der Werke Hofmannsthals, die Auseinandersetzung mit seinem Leben und Schaffen, insbesondere im Hinblick auf seine künstlerische Zusammenarbeit mit Komponisten seiner Zeit, zu fördern.Wir möchten uns insbesondere dem Motto: "Hofmannsthal und die Musik" widmen, bauen derzeit ein Archiv auf, das sich speziell mit diesen Inhalten befasst, verfügen über einen Veranstaltungs-/Ausstellungssaal und haben eine Vielzahl an Möglichkeiten, unsere Räume diesem Thema zur Verfügung zu stellen (Meisterkurse, Seminare, Konzerte, Lesungen oder Ausstellungen).

Língua Portuguesa e know how...

A ministra da Cultura admite a possibilidade de criação em Portugal de um museu dedicado à língua portuguesa, aproveitando parte do know how do Museu da Língua Portuguesa (MLP) cuja inauguração estava marcada para ontem à noite em São Paulo. "Estamos a estudar, de forma ponderada e sem precipitações, dar corpo a um projecto com a devida abertura e revisão do conceito do museu de São Paulo, já que as realidades portuguesa e brasileira são diferentes", disse Isabel Pires de Lima à Lusa na cidade brasileira, aonde se deslocou para participar na inauguração do novo equipamento, na Estação da Luz. A avançar no nosso país, o projecto deverá, como o brasileiro, estimular uma parceria entre instituições públicas e privadas, salientou a ministra. O MLP de São Paulo é um projecto lançado pela Fundação Roberto Marinho e comparticipado por várias instituições públicas e privadas brasileiras, e também pela Fundação Gulbenkian (PÚBLICO, 21.3.2006)

Monday, March 20, 2006

Uma Casa da Língua.

Com sua abertura nesta segunda, para convidados, e na terça-feira, para o público, na Estação da Luz, em São Paulo, o Museu da Língua dará ao português um abrigo "high-tech" e com fôlego. Projeto orçado em R$ 37 milhões, realizado pela Fundação Roberto Marinho e pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com investimentos da iniciativa pública e privada, o Museu da Língua tem boa parte de seu acervo renovável. A exposição permanente (em sua forma) permite que o idioma (seu conteúdo vivo) seja "biografado" de seus primórdios até o dias de hoje. E deixa espaço para, no futuro, ser uma matriz "recarregável". É um museu vivo, com variados recursos audiovisuais e de informática. Não é um mausoléu, mas um museu na acepção moderna do termo", diz Isa Ferraz, diretora de conteúdo do museu. "A idéia é que, pela natureza "virtual", o acervo possa ser renovado e atualizado. (Folha de São Paulo, 19.3.2006)
[E nós a ver passar os navios.]

Mundo Pessoa

O blogue da Casa Fernando Pessoa com notícias de poesia e literatura. As livrarias de campo de ourique -- Barata e Ler -- colaboram na divulgação das actividades da casa Fernando Pessoa. Informações e contactos: ricardo.gross@cm-lisboa.pt

Thursday, March 16, 2006

Casas de escritores (45)


Lewis Carroll viveu nesta casa em Guildford (Surrey) até à sua morte.

I can't believe that!' said Alice.
'Can't you?' the Queen said in a pitying tone. 'Try again: draw a long breath, and shut your eyes.'
Alice laughed. 'There's no use trying,' she said: 'one can't believe impossible things.'
'I daresay you haven't had much practice,' said the Queen. 'When I was your age, I always did it for half-an-hour a day. Why sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast.'
Alice's Adventures in Wonderland

Wednesday, March 15, 2006

Contadores de histórias


Reflexo do trabalho de uma década na promoção da leitura por parte do Grupo O Contador de Histórias, a "Oficina de Sobrevivência para Pais Contadores de Histórias" pretende ser um espaço de diálogo e informação para aqueles que diariamente se vêem confrontados com a necessidade de contar histórias aos filhos.
De uma forma descontraída e sem o peso de uma formação propriamente dita, os participantes são convidados a falar das suas dúvidas e dos seus receios no que toca a este tipo de abordagem. É fornecida uma perspectiva histórica do papel dos contadores de histórias, são abordados os tipos de métodos e as diversas opções para cativar a atenção de quem ouve e são dados exemplos muito concretos de como certas histórias podem ser trabalhadas.
Aos participantes é sugerido que tragam um livro de casa, de forma a ser trabalhado na sessão. Um aspecto significativo deste projecto é a maneira informal como chega aos pais: as sessões são divertidas, os participantes são convidados a mudarem o seu ângulo de visão para se tornarem eles próprios receptores dos contos, entendendo assim de uma forma mais correcta como é que os seus filhos ouvem as histórias. Mas a experiência individual é muito importante, pelo que as oficinas são um espaço de diálogo e debate em que todos podem participar.
As próximas sessões marcadas são as seguintes:
18 de Março - Aveiro, Fábrica Ciência Viva, 11:00 (Participação: 15€)
18 de Março - Aveiro, Fábrica Ciência Viva, 16:00 (Participação: 15€)
22 de Março - Loulé, Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner, 16:30h
25 de Março - Cascais, Biblioteca Municipal, 15:30h
4 de Abril - Lisboa, Loja Fermento, 18:00h (Participação: 10€)
5 de Abril – Ponta Delgada, 19:30h
6 de Abril – Ponta Delgada, 19:30h
7 de Abril – Angra do Heroísmo, 19:30h
8 de Abril – Angra do Heroísmo, 19:30h
10 de Abril – Horta, 19:30h
11 de Abril – Horta, 19:30h
21 de Abril - Aveiro, Fábrica Ciência Viva, 16:30h (Participação: 15€)
22 de Abril – Espinho, Biblioteca Municipal, 10:00h
22 de Abril – Torres Vedras, Biblioteca Municipal, 16:30h
27 de Abril - Guarda, Instituto Politécnico, 14:00h
29 de Abril - Cascais, Biblioteca Municipal, 15:30h
6 de Maio – Trofa, Centro Cultural, 11:00h
20 de Maio – Cantanhede, Biblioteca Municipal, 14:30h
27 de Maio – Portimão, Biblioteca Municipal, 14:30h
3 de Junho – Odivelas, Biblioteca Muncipal, 10:00

Tuesday, March 14, 2006

Casas de escritores (44)



Au printemps 1868, chassés par le bruit de la rue Saint Georges, Edmond et Jules de Goncourt quittent leur appartement pour s'installer dans un petit hôtel particulier d'Auteuil. C'est à cette adresse, 53 boulevard de Montmorency, qu'ils espèrent trouver le calme au milieu de leurs oeuvres d'art, notamment des bronzes japonais et des porcelaines de Chine. La proximité d'une voie ferrée les oblige à faire d'importants travaux qui dureront plusieurs mois. Après le décés de Jules le 20 juin 1870, Edmond envisage de louer la maison qui pendant le siège de Paris sera touchée par un petit obus, l'un des derniers tirés par les Versaillais.
A l'automne 1884, Edmond de Goncourt décide d'ouvrir à ses amis le «Grenier», ce qui avait été aussi le voeu de son frère. Il note dans le Journal: «Le haut de ma maison, je le bouscule et jette à bas les cloisons et cherche à faire des trois pièces du second sur le jardin une espèce d'atelier sans baie pour y installer, à la sollicitation de mes amis de la littérature, une «parlote» littéraire le dimanche.» Parmi les nombreux écrivains admis à fréquenter le «Grenier» on retrouvera les «dix hommes de lettres de talent» qui vont former la première académie.
[A casa dos irmãos Goncourt estava no estado em que se vê, em Dezembro de 2005. Não sabemos se já estará recuperada ou não.]

Sunday, March 12, 2006

Casas de escritores (43)


Long celebrated for its apparent whimsy and stylistic idiosyncrasy, the Twain House is more accurately noted as an inspired and sophisticated expression of modernity. In this design, the architect Edward Tuckerman Potter expanded on his earlier Nook Farm house for George and Lilly Warner (built 1870, destroyed c.1960). For Twain however, Potter employed a vibrant palette of painted brick reminiscent of William Butterfield's work in England of the 1860s and traditional chalet designs of the Alsatian region of France.

Friday, March 10, 2006

Casas de escritores (42)


A new museum, only minutes away from Frost's gravesite in Bennington, was opened in 2002 to honor America's favorite poet. Frost lived in the Stone House in South Shaftsbury, Vermont from 1920 to 1929. Here, Frost composed many of the pieces that became part of his first Pulitzer Prize winning volume New Hampshire, published in 1923, including "Stopping by Woods on a Snowy Evening."
Built C. 1769, the house was considered historic before the Frost period. It is a rare example of colonial architecture made of native stone and timber. It has changed little since Frost's time and remains in excellent condition. The house sits on 7 acres and features many Frostian associations including stone walls, birch trees, a timbered barn and some of Frost's original apple trees. Many poignant episodes in Frost's life happened in this house.
The permanent exhibits are educational and literary covering Frost's life and art. The current special exhibit, "Robert Frost: Poetry, Prowess and Play," explores Frost's interest in sports. A new exhibit, "Robert Frost: The Women in his Life," will open in summer 2006. See the Calendar of Events for the summer programs at the Frost Museum.
Visit the Stone House on your next trip to New England. Frost is in the air!

Casas de escritores (41)


Manuscrito de "À Espera dos Bárbaros":
a escrita é a casa permanente de um escritor.


Porque esperamos, reunidos na praça?
Hoje devem chegar os bárbaros.

Porque reina a indolência no Senado?
Que fazem os senadores, sentados sem legislar?

É porque hoje vão chegar os bárbaros.
Que hão-de fazer os senadores?
Quando chegarem, os bárbaros farão as leis.

Porque se levantou o Imperador tão de madrugada
e que faz sentado à porta da cidade,
no seu trono, solene, levando a coroa?

É porque hoje vão chegar os bárbaros.
E o imperador prepara-se para receber o chefe.
Preparou até um pergaminho para lhe oferecer, onde pôs
muitos títulos e nomes honoríficos.

Porque é que os nossos cônsules, e também os pretores,
hoje saem com togas vermelhas bordadas?
Porquê essas pulseiras com tantos ametistas
e esses anéis com esmeraldas resplandecentes?
Porque empunham hoje bastões tão preciosos
tão trabalhados a prata e ouro?
Hoje vão chegar os bárbaros,
e estas coisas deslumbram os bárbaros.

Porque não vêm, com sempre, os ilustres oradores
a fazer-nos seus discursos, dizendo o que têm para nos dizer?

Hoje vão chegar os bárbaros;
e, a eles, aborrece-os os discursos e a retórica.

E que vem a ser esta repentina inquietação, esta desordem?
(Que caras tão sérias tem hoje o povo.)
Porque é que as ruas e as praças vão ficando vazias
e regressam todos, tão pensativos, a suas casas?

É porque anoiteceu e os bárbaros não vieram.
E da fronteira chegou gente
dizendo que os bárbaros já não vêm.

E agora que será de nós sem bárbaros?
De certo modo, essa gente era uma solução.



O passaporte também é uma casa.

Casa de Constantino Cavafys na rua Lepsius, em Alexandria.

Wednesday, March 08, 2006

Casas de escritores (40a)


The study was reconstructed by the photograph made by V. Taube after the writer's death.
There one can see the memorial items: there is a pen, a box from medicine and a wallet on the table, a cache-lettre for papers and letters above the table, an icon of the Virgin in a silver frame in the corner. There are books in book-cases, part of Dostoyevsky's library, which the Museum collects by lists made by Anna Grigoryevna.

Casas de escritores (40)


In the beginning of October 1878 Fyodor Mikhailovich Dostoevsky and his family moved to apartment at 5 of Kuznechny Lane and lived there till his death on January 28, 1881 . In the Soviet years the building on Kuznechny Lane was reconstructed and later housed ordinary communal apartments.
The memorial plaque was placed on the house of Kuznechny Lane in 1956. In 1968 the house was put to capital repairs, after which the apartment of Dostoevsky was restored by the archive plans and his contemporaries reminiscences.
In November 1971, on Dostoevsky's birthday, the inauguration of the Literature and Memorial Museum of the writer took place.

Tuesday, March 07, 2006

Casas de escritores (39)


Ernest Hemingway lived and wrote here for more than ten years. Calling Key West home, he found solace and great physical challenge in the turquoise waters that surround this tiny island.
Step back in time and visit the rooms and gardens that witnessed the most prolific period of this Nobel Prize winner's writing career. Educated tour guides give insightful narratives and are eager to answer questions.
Wander through the lush grounds and enjoy the whimsy of the more than sixty cats that live here.
The Ernest Hemingway Home and Museum is a significant address on any Key West itinerary. The museum welcomes thousands of visitors from around the world each year and looks forward to welcoming you!

Casas de escritores (38)


D. H. Lawrence Heritage lets you explore the very heart of working class Victorian life through the home of the Lawrence Family. Discover how the Victorians really lived within this Nottinghamshire mining community.
The early home of "Bert Lawrence" is an astounding re-creation of a Victorian Family home that is brought to life through informative, friendly guides. Here you will be lead through the three floors of this cramped miner's cottage where all the family would live, as well as the communal washhouse where the Victorian housewife would spend "the hardest day of the week".

Monday, March 06, 2006

Rota de escritores


A Rota dos Escritores é um projecto de dinamização e intervenção sociocultural, promovido pela Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC), e cuja primeira fase de realização decorre em 2003.
Os motivos simbólicos que centram e catalisam esta Rota dos Escritores são sete autores do século XX que, por diversos modos de vida e obra, se tornaram indissociáveis da Região Centro e que se notabilizaram pela categoria estética, pela força comunicativa e pelo impacto no espaço público:

- Afonso Lopes Vieira (1878-1946)
- Aquilino Ribeiro (1885-1963)
- Miguel Torga (1907-1995)
- Vergílio Ferreira (1916-1996)
- Fernando Namora (1919-1989)
- Carlos de Oliveira (1921-1981)
- Eugénio de Andrade (1923-2005)

Sunday, March 05, 2006

Casas de escritores (37i)

Fim da visita à Casa Museu de Tolstoi (37 - 37 i)


Túmulo de Tolstoi.

Casas de escritores (37h)


Biblioteca do piso inferior e quarto de hóspedes.

Casas de escritores (37g)


Recanto da sala.

Casas de escritores (37f)


Recanto da sala.

Casas de escritores (37e)


Sala.

Casas de escritores (37d)


Átrio de entrada.

Casas de escritores (37c)


Quarto de S. A. Tolstaya. a esposa.

Casas de escritores (37b)


O estúdio.

Casas de escritores (37a)


Casa Museu Tolstoi.

Casas de escritores (37)


Alameda de acesso à casa mítica de Lev Nikolaevich Tolstoi, em Yasnaia Poliana, região de Tula.

Friday, March 03, 2006

Casas de escritores (36)

A casa. (...) Centro de convergência da união do sangue, ela fechava-nos no seu abrigo, impregnada da nossa história, do que em nós foi alegria ou amargura ou esperança, envolvia-nos de protecção no que em nós não morre de infância até à idade adulta ou da velhice. Entrar em casa, fechar a porta e encontrar uma segura defesa contra tudo o que nos agrediu. Nela encontramos o repouso para a fadiga do corpo e da alma. Entrar em casa é reencontrarmo-nos connosco, a nossa pessoa de que nos tínhamos perdido. É sobretudo estar alguém connosco, mesmo que não esteja ninguém. Porque a casa tem uma alma. Ela cria-se com o que de todos os que nela são ou foram, se depositou nas salas, nos móveis, em todos os objectos. É por isso que entrar numa casa vazia e alheia é sentir logo uma saturação de presença, de qualquer coisa animada. Eis porque nos perturba a mudança dos móveis que a nossa mulher entendeu dever fazer. Porque isso é um atentado contra a pessoa da própria casa, a alma que era sua e nós conhecíamos.
Mas hoje a casa desfez-se. A casa aprende-se devagar e já não há quem a ensine.
Vergílio Ferreira (1916-1996)

Casas de escritores (35)


Il Museo "Casa Natale di Gabriele d'Annunzio" si svolge al primo piano dell'edificio che fu proprietà della famiglia d'Annunzio a partire dall'800. L'immobile, passato al demanio dello Stato nel '57, fu affidato dal 1969 alla Soprintendenza ai B.A.A.A.S. dell'Aquila.
Un primo allestimento museografico, con esposizione di documenti d'archivio, fotografie e cimeli, provenienti dal Vittoriale di Gardone Riviera, fu realizzato dalla "Fondazione d'Annunzio", in occasione della mostra "L'Abruzzo nella vita e nell'opera di G. d'Annunzio", inaugurata nel 1963 e curata da M. Masci e D. Tiboni. Tale esposizione fu conservata fino al 1993 quando, in occasione dei restauri interni del Museo, fu possibile organizzare un nuovo percorso museale, con la sistemazione di pannelli didattici nei quali si possono trovare notizie sulla famiglia del Poeta, arricchite da riferimenti letterari e fotografici, e sulla ricostruzione degli avvenimenti che lo videro protagonista di episodi clamorosi durante la prima Guerra Mondiale e dell'impresa di Fiume.
Sono illustrati anche i paesi e i luoghi d'Abruzzo che d'Annunzio ha trattato nelle sue opere letterarie e gli artisti ai quali à stato legato da sentimenti di profonda amicizia, come il pittore Francesco Paolo Michetti e i componenti del Cenacolo di Francavilla al Mare. Altri pannelli sono dedicati alla ricostruzione storico-architettonica dell'antica Fortezza di Pescara e al suo successivo sviluppo urbanistico fino all'unificazione avvenuta nel 1927 con la vicina Castellammare Adriatico, grazie all'intervento del Poeta.
Il percorso prevede la visita delle singole stanze della "casa-museo", che conservano arredi e mobili d'epoca e decorazioni parietali di particolare pregio artistico. Ogni stanza è illustrata con una didascalia che ripropone quei brani del "Notturno" in cui il Poeta ricorda con parole ricche di sentimento sia gli ambienti e gli oggetti sia le persone a lui care.

Casa de Garrett (Porto)

Por quanto tempo?


CASA ONDE NASCEU NOS 4 DE FEVEREIRO DE 1799
JOÃO BAPTISTA DA SILVA LEITÃO DE ALMEIDA GARRETT
MANDOU GRAVAR À MEMÓRIA DO GRANDE POETA
A CÂMARA MUNICIPAL DESTA CIDADE EM 1864.

Casas de artistas (34)


You are now entering the house in which the painter Rembrandt van Rijn lived and worked from 1639 to 1658. Rembrandt bought this large and imposing house for 13,000 guilders: an immense sum for the time. He was not concerned by such high expenditure. He was a celebrated artist and his earnings were good.

But Rembrandt did not pay off his mortgage and he experienced financial problems. Eventually, in 1656, he went bankrupt. The creditors had his house sold and his possessions were auctioned off. After the sale Rembrandt moved to a modest rented house on the Rozengracht, where he was to live until his death in 1669.

The inventory of Rembrandt's property that was drawn up when he went bankrupt has survived. It lists the furniture, paintings, prints, drawings, statues, weapons and rare objects found in each room. This inventory has been used as the basis for a reconstruction of the interior of Rembrandt's house.
Rembrandt 1606-2006: 400 anos do nascimento.

Casas de artistas (33)


The Handel House Museum is located at 25 Brook Street, London, home to the baroque composer George Friderich Händel from 1723 until his death in 1759. It was here that he composed some of the greatest music in history, including Messiah, Zadok the Priest and Fireworks Music.
The Museum celebrates Handel's life and works, displaying portraits of Händel and his contemporaries in finely restored Georgian interiors and bringing live music back to his house.

Thursday, March 02, 2006

Casas de escritores (32)


Monte dos Pensamentos, Estremoz

Quando Ruben A. herdou a casa, em 1966, era já um escritor conhecido. A sua estada em Londres como professor no King's College fê-lo conhecer e ficar amigo de artistas como Henry Moore e Rosamond Lehman que, juntamente com Miguel Torga e outros, tornavam a casa num ponto de encontro de amigos.

Casas de escritores (31)


Casa de Antonio Machado, em Segóvia.

Morir... ¿Caer como gota
de mar en el mar inmenso?
¿O ser lo que nunca he sido:
uno, sin sombra y sin sueño,
un solitario que avanza
sin camino y sin espejo?

Antonio Machado